23 de agosto de 2007

Um gênio da raça

Hoje em dia a palavra "gênio" está um tanto desgastada. No entanto, não há outro adjetivo para definir o cara. Nailor Azevedo é o nome de batismo, mas é pelo apelido que todos o conhecem: Proveta.


É impressionante a sua capacidade de agregar, de trazer todo mundo pra perto, de atrair. Perto dele, músicos experientes e consagrados - alguns geralmente sóbrios no palco - viram crianças felizes, brincando com seus instrumentos, divertindo-se a valer mesmo diante de partituras complexas, de obras que nunca tocaram antes.

Músico dos mais requisitados no Brasil e no exterior, no Villaggio ele abraçou o projeto com a mesma intensidade com que abraçou o da Banda Mantiqueira, do seu último CD - ou de outros em que acredita. Ele chama os amigos, e eles vão sem pestanejar. Tocam durante quase duas horas e, ao final, perguntam: "mas...já acabou?"

E o público delira.

Nesta última terça não foi diferente. Mesmo gripadíssimo, Proveta encarou a galera. Tocou muito. Generoso, passou a bola pra todo mundo, brincou, deixou todos à vontade. Deu (mais) um show.

Sinceramente, sinto que estamos fazendo história. Semana que vem não tem, mas dia 05 de setembro estaremos novamente diante de um dos maiores espetáculos surgidos na noite paulistana nos últimos anos.

Aqui, deixo algumas imagens que comprovam estas palavras. Mestre Proveta: muito obrigado!

2 comentários:

Anônimo disse...

Rosa sempre linda e com sua voz maravilhosa, capaz de envolver qualquer um. Só podia ser minha prima, mesmo!!!!

Anônimo disse...

Olá Zé Luiz, aqui a própria Míriam Ramos idealizadora do Programa Boa Safra veiculado pela extinta Musical FM.
Fiquei surpresa e orgulhosa em encontrar a sua versão do fim do Programa Boa Safra na Musical FM, destacando a importância do projeto para o crescimento do Villagio.
Continuo atuando junto a música brasileira- Membro da comissão de Música da Associação paulista dos Críticos de Arte. Ora tocando boa música para um público elitizado equalificado (Rádio USP FM) , Ora tocando para o povão, o que os emociona (Rádio Record AM). Sempre divulgando esta arte nacional e abrindo espaços para sua veiculação.
Aqui, eu gostaria de dar a minha versão sobre o fim daquela fase incrível da música independente, quando muita gente nova foi projetada.
Naquela época, os CDs de artistas desconhecidos eram empilhados pelos cantos , não só da Musical FM, mas também das outras poucas emissoras que executam MPB nesta cidade. Com exceção da Rádio USP FM, que hoje conheço de perto. Na USP FM o Coodernador Musical Ricardo Sanches e a equipe dele, sempre respeitaram os artistas novos e desconhecidos.
A Rádio USP FM recebe todos os CDS, ouve, seleciona o melhor e bota na programação SEM COBRAR JABÁ.
Voltando a Musical, devido a ótima repercussão da iniciativa Boa Safra naquela emissora,os dirigentes chegaram ao ponto de registrar o Boa Safra nas Marcas e Patentes e superfaturar o projeto no processo em que solicitávamos os benefícios da Lei Rouanet em nome de um terceiro que eu nunca tinha ouvido falar. Um possível laranja, afinal...sempre foi recurso conhecido entre o poder.
Como meu anjo é forte, eu consegui descobrir a armação à tempo e o Departamento Jurídico do Ministério da Cultura me deu ganho de causa para permanecer com a autoria e responsabilidade do Projeto Boa Safra.
Fase desgastante essa.Sai da emissora
Passaram-se 3 meses, os dirigentes anunciam que a Musical FM - da noite para o dia - seria uma rádio evangélica.
Então, os ouvintes revoltados resolvem fazer justiça e se unem para criar o movimento dos Órfãos da MPB.
Oportunidade para jornalistas e simpatizantes liderar o movimento(que se transforma em ONG).
Usando o pretexto de que falta espaço para a MPB, o grupo negocia com a diretora da época da Rádio USP FM para tocar a Nova Safra naquela emissora. (Como já diziam, nada se cria, tudo se copia).
O barulho durou pouco.
Quem estava nos bastidores, como eu, sabe muito bem que os diretores da Musical FM deixaram de carregar a bandeira da MBP porque essa causa não dava dinheiro.
Mas a emoção tomou conta do movimento dos örfãos da MPB e eles ficaram achando culpados...no caso os evangélicos que tinham o dim dim para resolver o problemas dos donos do grupo L&C.
? Concorda, que se os dirigentes da Musical FM não estivessem no vermelho e sim faturando muito, jamais venderiam a rádio??
A decisão foi objetiva, racional e visava negócios.
Há que se deixar de lado o romantismo e entender que deixar órfãos os ouvintes de MPB foi uma decisão estudada e comercial.
Dias atuais: 25 de outubro de 2007, a Nova Brasil FM está atendendo à este público orfão da MPB. Pergunta. Kléber Albuquerque, Moysés Marques, Carlos Navas...só pra citar alguns nomes da Boa Safra da música brasileira. A Nova Brasil FM toca essa Boa Safra da música brasileira???
Recentemente no programa Visita Vip que apresento na Rádio USP recebi os talentosos amigos Luis Bueno e Fernando Mello (Duofel)eles explicam o que é que precisa acontecer para que a música brasileira toque nas emissoras comerciais. Para conferir a verdade, com um pouquinho de pimenta, é só acessar o site www.radio.usp.br Programa Visita Vip Ediçào 24 de outubro

Zé, grande abraço